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Mostrando postagens de setembro, 2019

A Revolta dos Peões

“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência" Dedico este conto aos meus companheiros diários. Todos eles, sem excessão. E creio que um dia, seremos devidamente reconhecidos por todo o esforço que fazemos ao dar nosso melhor naquilo que é nossa obrigação: lutar. A toda a equipe do Ac. M. Iniciava uma nova partida na terra dos tabuleiros.  O Rei Branco chegou todo imponente e posicionou-se na sua devida casa ao lado da Rainha a peça mais importante do jogo, claro, depois do rei.  Torre, Bispo, Cavalo estavam animados para o ínicio. Naquele mundo as partidas eram intermináveis e sempre que um dos reis tombavam iniciavam-se novas partidas.  Ao comando das rainha as demais peças seguiam no duro combate contra o adversário. Porém chegou um tempo em que aqueles considerados sem importância puseram-se a pensar e essa atitude ameaçou o reinado das brancas.  Por certo todo o exímio

Quando eu era feliz...

“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência" Este é um fragmento de uma história triste, mas real. Ainda vivo as sequelas desse periodo trágico, mas de muito aprendizado. Na simplicidade das coisas encontra-se um tipo de felicidade que só é percebida quando se perde aquilo que outrora se tinha, mas daí é tarde demais para lamentos. O tempo de viver se foi... Era assim que Laura se sentia todas as vezes que voltava para casa. Comparava tudo aquilo com a vida que tinha, e realmente o contraste era de amargar. Como podia ter feito tantas más escolhas e agora estar envolvida num relacionamento destrutivo. Mesmo livre, correntes invisíveis estavam sobre seus pés e mãos e a dominavam impedindo dar asas aos seus sentimentos, pensamentos e desejos.  No anseio de sair da casa dos pais, apressou-se numa união impensada e indesejada por muitos, que tinham lá suas razões para acreditar que aq

Amor Incondicional

“ Esta é uma obra de ficção ,  qualquer semelhança  com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido  mera coincidência" Dedico este a um novo amigo, que nada tem a ver com o conto. Mas que me ajudou a refletir sobre os mistérios que envolvem o amor. A você, que tão recente é parte, mas que já compõe a melhor de um todo. E.C. Quem será capaz de desvendar os mistérios da paixão? Quem poderá compreender os segredos da alma que faz do amor uma decisão, incompreensivel, imensuravel, inexoravel, indescritivel?  Mas uma vez ela decidiu sair pela mesma porta que a viu entrar. Já não era um caso de amor e traição. As más línguas já não murmuravam. As atitudes de Sandra não causavam mais nenhum impacto nas pessoas, afinal, ela sempre voltava. Uma hora ela voltaria, e na volta sabia que seria novamente aceita. Todos sabiam, só não compreendiam o que fazia com que Matheus a recebesse.  Ele a amava incondicionalmente. Um amor capaz de conviver com a infidelidade

Quando o amor começa - Quinta parte

“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência." Dedicatória: Embora este seja um texto especial, afim de retratar parcialmente a vida amarosa de uma colega "M.C.", peço-lhe licença e pego carona no mesmo dedicando também a um grande e precioso amigo e de longa data, a você "A.V.". Grandes mudanças aconteceram na vida de Marcela nos dias que sucederam o primeiro encontro. Tomás passou a fazer parte de sua rotina, não somente ocupando mais uma cadeira na mesa de café da manhã da empresa, mas também ultrapassando os limites profissionais, invadindo seus pensamentos e marcando presença através de mensagens, ligações, visitas e convites.  Letícia se sentia feliz com a mudança de humor da amiga, e a incentivava a ir adiante no romance que parecia promissor.  _ Tomás é um bom rapaz, devia dar uma chave de coxa nele e segurar... _ Capaz Lê! Fazem duas semanas que esta

Ritual

“ Esta é uma obra de ficção ,  qualquer semelhança  com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido  mera coincidência ." Dedico este a alguém de extrema importância em minha vida. Alguém que junto a mim tem construído uma história de pequenos fragmentos, e sendo meu suporte nas vitórias, derrotas e momentos de espera. A qual com ele festejo mais uma pequena conquista nessa trajetória que iniciei recentemente (Seleção de um conto para publicação na Revista LiteraLivre), que muito me alegra e motiva a continuar a desvendar os segredos e mistério do fantástico mundo das palavras. A você, A.J.  Aproximava-se a o Equinócio de Primavera, apressavam-se em preparar tudo o que fosse necessário para que as boas energias rompessem com o que não fora tão bom no ano anterior. Haviam passado por grandes perdas, devida a instabilidade do clima que comprometeu a colheita. Além disso, do pouco que colheram os impostos ao rei recolheram boa parte, e o que restou f

Lembranças

"Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência." Dedico esse pequeno conto a um novo amigo, que tive o prazer de conhecer a alguns meses e que sempre nos trás alegria com suas visitas e bom humor. A você P. com muito carinho.  As tardes de domingo eram sempre as mais difíceis para ele. Sentia o imenso desejo de demolir tudo oque havia construído dentro de si e edificar-se novamente. Um desejo perpétuo da alma que desvendara as delicias do amor num passado recente, cujas circunstâncias o fizeram trilhar caminhos distintos.  A sua lembrança estava presente nos pequenos momentos da vida. Era como se, embora tivesse ido, existisse uma parte dela dentro do seu coração.  Quando fechava os olhos, ainda que por um breve instante, lembrava-se de cada detalhe do seu rosto. Até mesmo as imperfeições lhe eram presentes, tal como se estivesse a contemplar sua imagem frente a frente.  Oque

Tragédia

"Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência." Na rua de cima havia um homem sentado em sua velha cadeira de madeira. Todas as tardes lá estava ele na calçada a observar as pessoas que passavam apresadas de volta para casa depois do trabalho. Tirava o canivete preso ao cinto de couro legitimo, herança de família e cortava o fumo ainda em rolo, para em seguida deposita-lo numa folha já seca de palha. Era seu ritual de todas as tardes: Apenas um cigarro, que tinha o prazer de preparar como se fosse o ultimo de sua vida. Ao cair da noite e as luzes dos postes começarem a acender, ele recolhia sua cadeira e entrava em casa, logo apos fechar os portões. Já não era mais alguém e sim parte da paisagem da rua. Sempre disposto a oferecer um boa tarde com a gentileza que quase não se vê hoje em dia. Me lembro perfeitamente do ultimo dia que o vi, ele não soltava mais a fumaça costumeira, nem