Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nome, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência. Quatro meses separavam Helena do dia em que ocorreu o rompimento de seu noivado. Um relacionamento que se estendeu por 4 anos e terminou no final de uma missa das dezenove horas num domingo de horário de verão. Talvez as escadarias da praça da matriz ainda se lembrem das palavras apressadas e passos rápidos de quem não queria ouvir o que o outro tinha a dizer. Ela parecia não compreender nada daquilo, somente caminhava a passos velozes, como se quisesse deixar aquele assunto para depois. Após muitas palavras, olha para ele e diz: _ Você "tá" dizendo que quer terminar comigo? _ Sim Helena. Quero terminar com você. Lágrimas. As lagrimas invadiram o cenário de fim de tarde. Ela tirou rapidamente a aliança de ouro e estendeu a mão entregando a ele. Com um passo atrás ele rejeitou a oferta insistente. Porém o pranto doloroso só tive seu fim quan...
"Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência." Em algum lugar entre o verde e o azul, estava Maria. Colhia o ouro que depois de lavado, secado, torrado e moído enriquecia seu senhor. Carregava no ventre o fruto de um amor proibido, semente ainda oculta pelas camadas de pele e algodão. Tinha um sonho chamado liberdade, que ia além do azul e do verde. Num lugar desconhecido, talvez depois daquela serra, onde a vista do feitor não alcançaria. Pobre Maria, se soubesse que o futuro finda depois das sete e meia na chibata do carrasco, talvez tivesse criado asas e cortado o azul dos céus alcançando o esconderijo na serra. Dançaria de mãos dadas a outras mulheres, cantaria as canções da terra que não conheceu... Seria feliz antes de descer à cova rasa da escuridão. Amaria o filho mestiço, e lhe contaria os segredos que só as mães de cor sabem. Não esconderia a identidade nobre do pai, ma...