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A devoção de uma Princesa


Essa é uma obra baseada em fatos reais, composta por meio de pesquisa cujas fontes estão disponíveis para consulta nos endereços abaixo:







O ouro, o poder, a corte, a coroa não subtraiam nem amenizavam a tristeza pela perda. Deseja em seu coração, dar ao esposo um herdeiro mas a vida se encarregava de oferecer a ela somente motivos de luto e evidências que a fariam desistir do sonho de ser mãe. Essa é a história de Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga of Bourbon-Two Sicilies and Bragança, mais conhecida como Princesa Isabel, a Redentora.

O desejo da maternidade ultrapassa os classes sociais e está presente na maioria das mulheres. Isabel era uma entre muitas com um casamento consolidado já a algum tempo e de posição social privilegiada, porém uma parte de si estava ainda incompleta. Ela não tinha filhos.
Desejava pois oferecer ao esposo um herdeiro, porém carregava o fardo das muitas experiências frustradas que tivera ao longo do tempo. A última delas com uma gestação que aos nove meses resultou numa menina morta. A tristeza e a dor penetraram fundo, tornando-se quase impossível recuperar-se do luto, teve seu coração em pedaços mais uma vez.
Muitos eram os relatos das bênçãos alcançadas por intermédio da imagem de Conceição aparecida nas águas: Curas, graças, milagres, bênçãos das mais diversas. Isabel sustentava uma devoção sincera, que podia ser atestada pelo cuidado que tinha ao adornar sempre com flores frescas a capela da igreja da cidade onde morava, Petrópolis.
 Mediante a tantos fatos Isabel foi ao encontro da imagem oferecendo-lhe um régio presente: um belíssimo manto adornado com 21 pedras preciosas que representavam as 20 províncias imperiais e a capital. Aos pés de Conceição Aparecida, Isabel fez uma oração singela e silenciosa, pedindo a mãe a graça de poder gerar e dar a luz a um filho.
 Os anos passaram-se depressa, e a fé de Isabel foi reconhecida no alto dos céus, e ela agraciada com um presente que somente alguém bem próximo a Deus pode dar. Após 11 anos de casada no dia 15 de outubro de 1875 num trabalho de parto que durou 13 horas, Isabel dá a luz ao herdeiro do trono: Dom Pedro de Alcântara. Seu coração se encheu de alegria e gratidão, e as bênçãos se multiplicaram em sua vida.
Em profundo agradecimento e com o coração repleto de gratidão, Isabel retorna ao encontro da imagem, levando consigo não só o esposo, mas seus três filhos: Pedro, Luiz Maria e Antônio.
Dessa vez, ela oferta a mãe Aparecida uma belíssima coroa de ouro cravejada de brilhantes, a mesma coroa que foi usada anos mais tarde para coroar a imagem outorgando-lhe o título de Rainha do Brasil. Por certo, o presente de Isabel permanece até os dias atuais, e pode ser contemplado pelos inúmeros devotos que visitam o santuário da rainha e padroeira.

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