“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.”
Passou pelos portões afobado. A campana para a entrada pós almoço ainda não havia sido tocada. Olhou ao redor pessoas sentadas pelos cantos, esperando a hora do retorno. Foi ao refeitório a procura de Berenice perguntando a duas mulheres que foleavam uma revista em uma das mesas. Não a tinham visto.
Atravessou o pátio e deteve-se a olhar a porta do toalete feminino, com mulheres entrando e saindo apressadas. Bloqueou uma que saia pela porta e perguntou-lhe se Berenice estava no banheiro. Gesticulou sinal de negação com a cabeça e continuou seu trajeto visto que o sinal tinha tocado.
"Onde está essa vadia!" pensou consigo enquanto um conjunto de pessoas passavam por ele voltando ao seu posto de trabalho. Ouviu pois uma voz masculina a lhe chamar:
_ Romeu!
Mirou em direção a voz. Era o rapaz da manutenção.
_ Nice pediu para lhe entregar isso, disse que achou caído no banheiro durante a limpeza. Percebeu ser seu pelo protetor de tela com sua foto.
O rapaz estendeu-lhe a mão oferecendo o aparelho, que Romeu acreditava ter sido roubado. Recolheu-o com um sorriso de agradecimento.
_Obrigado, estava mesmo a procura dele.
Caminharam pois juntos para dentro do galpão sem mencionar mais nada sobre o Berenice.
Aquele era um dia difícil, muito trabalho e grande cobrança para que se alcançassem as metas. Romeu sentiu-se envergonhado por ter desconfiado de Berenice, e novamente o momento com ela invadiu-lhe a mente. Lembrou-se do cheiro, dos lábios, o calor da boca, as línguas entrelaçadas, a sucção pulsada que o levará ao deleite.
Ficou estático ao imagina-la nua. Como seria sua cavidade, fundura e compressão. Fantasiou possuindo-a naquela cabine, de pé tendo suas pernas entrelaçadas na cintura, com as mãos segurando-a pelo traseiro. Dois corpos suados, em um lugar proibido com gemidos reprimidos pelo sujeito que entrou pela porta. Ambos em silencio, aguardando a saída, que parecia eterna, e ele dentro dela, cravado, imóvel. Lembrou-se então da cigana, da profecia da revelação de uma mulher. Aquele era o cumprimento do oráculo cigano. A epifania da paixão.
_ Romeu!
Balançou a cabeça assustado, voltando do transe que tivera.
_ Sabes bem que estamos com um amontoado de coisas por fazer e ficas ai, sonhando acordado. Dessa maneria não dá! Você precisa focar no seu trabalho. Não é de hoje que venho observando você com os pensamentos longe e essa também não é nossa primeira conversa sobre isso. Espero que seja também a ultima.
Assentiu com a cabeça, aprumando o corpo e manejando rapidamente a planilha como se estivesse examinando-a a tempos. Seu interlocutor continuou seu caminho atravessando o outro lado do galpão. Romeu corou-se com a repreensão e afastou os pensamentos libidinosos com a reminiscência da necessidade que tinha de manter aquele emprego.
Já em casa, encostado no sofá tomou pois o aparelho que havia conectado a tomada minutos antes. Atentou-se para a notificação de uma nova mensagem de texto. Clicou sobre ela e surgiu na tela o número do seu companheiro de trabalho, com quem tinha confidenciado o recebimento dos bilhetes.
"Romeu, foi apenas uma brincadeira. Mas como vi que você levou a sério e até foi advertido hoje pelo coordenador, achei melhor revelar a você. Foi mal."
No dia seguinte, Romeu procurou evitar seu companheiro, que também não fez questão de reiterar o pedido de desculpas. Sentou-se isolado no café da manhã e trabalhou com foco e seriedade durante todo o dia. Não tinha visto Berenice o dia todo, rumores diziam que estava doente. No final da tarde fora chamado no escritório para assinar suas férias, que já iniciavam no começo da próxima semana.
Oque dizer de Romeu?
Não sei bem. A história ainda poderá continuar aja vista que em breve será seu retorno, portando aguardem!
Passou pelos portões afobado. A campana para a entrada pós almoço ainda não havia sido tocada. Olhou ao redor pessoas sentadas pelos cantos, esperando a hora do retorno. Foi ao refeitório a procura de Berenice perguntando a duas mulheres que foleavam uma revista em uma das mesas. Não a tinham visto.
Atravessou o pátio e deteve-se a olhar a porta do toalete feminino, com mulheres entrando e saindo apressadas. Bloqueou uma que saia pela porta e perguntou-lhe se Berenice estava no banheiro. Gesticulou sinal de negação com a cabeça e continuou seu trajeto visto que o sinal tinha tocado.
"Onde está essa vadia!" pensou consigo enquanto um conjunto de pessoas passavam por ele voltando ao seu posto de trabalho. Ouviu pois uma voz masculina a lhe chamar:
_ Romeu!
Mirou em direção a voz. Era o rapaz da manutenção.
_ Nice pediu para lhe entregar isso, disse que achou caído no banheiro durante a limpeza. Percebeu ser seu pelo protetor de tela com sua foto.
O rapaz estendeu-lhe a mão oferecendo o aparelho, que Romeu acreditava ter sido roubado. Recolheu-o com um sorriso de agradecimento.
_Obrigado, estava mesmo a procura dele.
Caminharam pois juntos para dentro do galpão sem mencionar mais nada sobre o Berenice.
Aquele era um dia difícil, muito trabalho e grande cobrança para que se alcançassem as metas. Romeu sentiu-se envergonhado por ter desconfiado de Berenice, e novamente o momento com ela invadiu-lhe a mente. Lembrou-se do cheiro, dos lábios, o calor da boca, as línguas entrelaçadas, a sucção pulsada que o levará ao deleite.
Ficou estático ao imagina-la nua. Como seria sua cavidade, fundura e compressão. Fantasiou possuindo-a naquela cabine, de pé tendo suas pernas entrelaçadas na cintura, com as mãos segurando-a pelo traseiro. Dois corpos suados, em um lugar proibido com gemidos reprimidos pelo sujeito que entrou pela porta. Ambos em silencio, aguardando a saída, que parecia eterna, e ele dentro dela, cravado, imóvel. Lembrou-se então da cigana, da profecia da revelação de uma mulher. Aquele era o cumprimento do oráculo cigano. A epifania da paixão.
_ Romeu!
Balançou a cabeça assustado, voltando do transe que tivera.
_ Sabes bem que estamos com um amontoado de coisas por fazer e ficas ai, sonhando acordado. Dessa maneria não dá! Você precisa focar no seu trabalho. Não é de hoje que venho observando você com os pensamentos longe e essa também não é nossa primeira conversa sobre isso. Espero que seja também a ultima.
Assentiu com a cabeça, aprumando o corpo e manejando rapidamente a planilha como se estivesse examinando-a a tempos. Seu interlocutor continuou seu caminho atravessando o outro lado do galpão. Romeu corou-se com a repreensão e afastou os pensamentos libidinosos com a reminiscência da necessidade que tinha de manter aquele emprego.
Já em casa, encostado no sofá tomou pois o aparelho que havia conectado a tomada minutos antes. Atentou-se para a notificação de uma nova mensagem de texto. Clicou sobre ela e surgiu na tela o número do seu companheiro de trabalho, com quem tinha confidenciado o recebimento dos bilhetes.
"Romeu, foi apenas uma brincadeira. Mas como vi que você levou a sério e até foi advertido hoje pelo coordenador, achei melhor revelar a você. Foi mal."
No dia seguinte, Romeu procurou evitar seu companheiro, que também não fez questão de reiterar o pedido de desculpas. Sentou-se isolado no café da manhã e trabalhou com foco e seriedade durante todo o dia. Não tinha visto Berenice o dia todo, rumores diziam que estava doente. No final da tarde fora chamado no escritório para assinar suas férias, que já iniciavam no começo da próxima semana.
Oque dizer de Romeu?
Não sei bem. A história ainda poderá continuar aja vista que em breve será seu retorno, portando aguardem!
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