Dos muitos caminhos onde eu andar, e das águas que atravessar...
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Jorge e seu Cavalo
"Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança como nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real será mera coincidência," Dedico este conto a um amigo de longa data, que alegra minhas manhãs com sua presença. Pertencente ao seleto grupo que se reúne para o banho de sol. AT
Eram dias exaustivos nas regiões celestiais. Anjos e santos trabalhavam dia e noite e não conseguiam dar conta de toda a tarefa que era-lhes incumbida. Nesses dias o Grande Rei mandou chamar Jorge, um dos quatorze santos auxiliares e disse-lhe: _ Jorge, tenho observado seu trabalho e gosto de sua dedicação e esforço. Oxalá que todos fossem assim como você! Por tua diligencia, dar-te-ei um auxiliar. Tu iras treina-lo e ele o ajudará a combater nossos inimigos. Te servirá de companheiro e ensinará a ele tudo oque sabes. Darei a você um belíssimo cavalo. Assim se fez e Jorge recebeu em tua habitação o novo confrade. A principio foi difícil doma-lo e acostuma-lo com a lida diária de um soldado. Cavalgaram muitas noites e lutaram contra dragões juntos. Venceram inúmeras batalhas e foram condecorados diversas vezes pelo bom trabalho que prestaram ao reino. Entretanto os dias passaram depressa e o orgulho tomou posse do coração do alazão, que começou a alimentar em seu interior planos de exterminar Jorge, e ter as honras só para si. Muitos dos santos auxiliares, e até alguns anjos, procuraram Jorge para alertar-lhe sobre os intentos daquele que dizia ser companheiro. Porém Jorge decidiu não agir de imediato e permaneceu em silencio durante muito tempo. O cavalo tentou prejudicar Jorge de varias maneiras. Certa vez o derrubou a beira de um precipício, por sorte ele não morreu, correu em resgate com um falso pedido de desculpas, ocultando a maldade existente na sua alma. Para ganhar prestigio entre os santos, prestou-se a fazer duros trabalhos. E foi enaltecido por isso, mas a cada elogio seu coração transbordava de soberba, a ponto de procurar o Soberano e proferir inúmeras calunias a respeito de Jorge. Dias passaram e chegou o momento em Jorge não aguentou mais se calar diante daquela situação. Levantou sua espada e esbravejou na presença de todos:
_Amaldiçoado seja pangaré! Ensinei-te tudo oque sabes! Tudo deves a mim. E em retribuição ao que te tornei, me oferece palavras mentirosas e calunias infames. Tu não devias ser cavalo e sim uma cobra, pois és tão venenosa quanto a mais peçonhenta das serpentes.
Santos e anjos pasmaram-se ao ver Jorge dizer aquelas palavras ao cavalo, que logo disparou em galope rumo a baia, onde chorou amargamente.
Alguns anjos foram até Jorge e o repreenderam dizendo: _Como és mal, fizeste teu companheiro chorar.
Jorge deu de ombros e disse: _ Permaneci em silencio durante muito tempo, mas agora não mais. Não sintam pena dele, pois oque fez comigo poderá fazer com vocês.
Não tardou muito para que o cavalo solicitasse sua retirada do exercito celestial, pois recusava-se a prestar serviços junto a Jorge.
Reza a lenda que o cavalo arrependeu-se da decisão precipitada e implorou durante anos para que o aceitassem novamente. Se o aceitaram, não saberei lhes dizer, mas certa estou que ele cavalga por ai, buscando a quem derrubar.
E o cavalo continua dando trabalho.kkkkk
ResponderExcluirSalve Jorge! ;D
ExcluirMuito bom perfeito parabéns
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