"Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança como nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real será mera coincidência,"
Dedico essa história a uma colega, que executa com maestria aquilo que faz causando admiração de muitos, e quem sabe até a inveja de outros tantos. R.G
Aqueles eram dias difíceis para a Aldeia. O cacique havia partido para um longa jornada de quarenta luas, e deixado ao encargo de Pajé e do Grande Espírito, as responsabilidades da tribo.
No começo fluiu tudo bem, cada qual com sua função e tudo corria harmoniosamente.
Pena que não durou muito tempo. Índia Iracema encarregada pela organização das mulheres no plantio logo tratou de arrumar uma beirinha no trono, tornando-se braço direito de Pajé.
Certo dia Jaci filha de Tupã, desceu à Aldeia e disse em voz flamejante:
_ A grande noite está chegando, preparem as oferendas e sejam rápidos, para que não sejam consumidos.
Grande alvoroço se fez. Foi curumim correndo daqui, índio correndo de lá. E o furdunço foi tanto que na pressa para entregar a oferenda não estavam mais se importando com a qualidade dos víveres. Era fruta amassada, carne queimada, ovo quebrado… Virou uma desordem só!
Potira, índia experiente, vendo que uma oferenda daquelas faria com que a ira de Tupã caísse sobre toda a aldeia, logo tratou de procurar Pajé e alertar-lhe sobre as irregularidades que estavam ocorrendo. Disse-lhe:
_ Mim saber que devemos fazer tudo o mais rápido, mas como está iremos trazer desgraça a aldeia e não benção.
Antes mesmo que Pajé pudesse responder, Iracema esbravejou:
_ Fazemos o que mandam e não o que quer!
Potira, que não leva desaforo pra oca, logo tratou de responder a altura e as índias rolaram no chão numa numa briga ferrenha. Pajé pediu que se acalmassem e logo a escaramuça acabou, resultando somente alguns arranhões e um tufo de cabelo arrancado. No final das contas, as oferendas foram encaminhadas, com a anuência de Jaci, tal como estavam sendo preparadas. Mas a inimizade de Iracema e Potira continuou.
Na manhã seguinte Potira foi colher de sua mangueira, que deu lindos e suculentos frutos.
Antes da peleja entre as duas, Iracema estava acostumada a pedinchar iguarias. E aquela era algo que realmente lhe agradava, mas apenar da estima, não ousou esmolar.
Potira também não fez questão de partilhar. Mas ofertou quantas pode com quem a pedisse, inclusive o Grande Espirito a quem nada teve em relação a desavença.
Moral da História: Não te tornes inimigo daquele que tem o poder de matar sua fome.
É diz a lenda que a Índia Iracema vai continuar com vontade de comer o fruto.kkkkkk
ResponderExcluirGostei..continua a historia. Bj
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